Retornar ao índice ItaliaOggi

Migrazioni ItaliaOggi

 

Migrações: desafios para o século XXI

23/09/2006

Immigrazione UN

Desde a ocupação do Brasil, passando pela imigração proveniente da Europa, até os dias atuais, processo representa uma das questões mais candentes nos dias atuais, em qualquer parte do mundo. 

Os deslocamentos populacionais constituem elementos importantes na compreensão da história. Com relação ao Brasil, o processo de conquista e ocupação expressou de forma inequívoca a migração de brancos e negros de várias regiões da Europa e África para as terras da colônia. Nos séculos XIX e XX, a imigração proveniente da Europa, Ásia e Oriente Médio reeditou, sob novas formas, a continuidade desse processo. Atualmente, não apenas no Brasil como em várias partes do mundo, as migrações, nas suas mais diferentes expressões, representam uma das questões mais candentes.

De refugiados de guerra a trabalhadores ilegais, pessoas das mais diversas origens nacionais e étnicas, classes sociais ou religiões compõem uma rede de migrações complexa, multifacetada  e de amplitude variada. Xenofobia, trabalho escravo, legislações restritivas, solidão e frustração são alguns de seus produtos negativos. Uma reflexão que leve em conta diferentes olhares e a ação de diferentes atores das migrações contemporâneas se faz necessária.

Dessa forma, o Seminário Migrações: desafios para o Século XXI, que acontecerá em São Paulo, no Memorial do Imigrante, de 17 a 20 do próximo mês, propõe abordar a diversidade e a complexidade de questões que envolvem a problemática das migrações internacionais na atualidade, no Brasil e em outras regiões do planeta; refletir sobre as ações e estratégias de organizações governamentais e não-governamentais diante dessa questão; dialogar com a produção acadêmica e com os sujeitos desses deslocamentos, como forma de (re)conhecer suas motivações, problemas e estratégias de inserção em São Paulo ; reunir pesquisadores e demais pessoas interessadas ou envolvidas diretamente com a questão, como forma de propor um diálogo e troca de experiências.
 

Programação

Terça-feira, 17/10 - às 18 horas

Abertura: Migrações: Desafios  para o Século  XXI
João Batista de Andrade - secretário de Estado da  Cultura
Fábio Magalhães – secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Cultura
Ana Maria da Costa Leitão Vieira - Diretora do Memorial do Imigrante
Silvia Alice Antibas - Coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico, da Secretaria de Estado da Cultura
Odair da Cruz Paiva - Universidade Estadual Paulista - Campus de Marília

Quarta-feira, 18/10 - das 9h30 às 12h30

Migrações Internacionais
Coordenação: Maria do Rosário Rolfsen Salles
Universidade Estadual Paulista e Universidade Anhembi Morumbi

Imigrantes na Europa: Desafios da Integração
Helion Póvoa - Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ

Para Onde Vai Meu País: Brasileiros nos Estados Unidos
José Carlos Sebe Bom Meihy - Prof. Titular do Departamento de História da Universidade de São Paulo e Diretor do Núcleo de Estudos em História Oral /NEHO/USP

Deslocamentos Populacionais na África Contemporânea
Leila Leite Hernandes - Profa. do Departamento de História da Universidade de São Paulo

Quarta-feira, 18/10 – das 14h30 às 17h30

Organizações Governamentais e Não-Governamentais de Defesa e Auxílio
Coordenação: José Renato de Campos Araújo - Universidade de São Paulo/USP Leste

Presença Scalabriniana junto aos Migrantes: Contribuições e Limites
Dirceu Cutti, Editor da Revista Travessia e voluntário da Casa do Migrante

A Caritas e os Refugiados em São Paulo
Pe. Ubaldo Steri - Diretor da Caritas-SP e membro do Comitê de Refugiados
                                                                           
A Questão das Migrações Contemporâneas
Gianfranco Melino - Diretor da Assindes, São Paulo - Arsenal da Esperança

O Brasil e a Questão dos Refugiados
Departamento de Estrangeiros/Ministério da Justiça

A Questão dos Refugiados e o ACNUR
Dr. Luiz Varese - Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR Brasil

O Governo Brasileiro e as Migrações Contemporâneas
Ministério das Relações Exteriores

18 horas - Coquetel

Quinta-feira, 19/10 - das 9h30 às 12h30

Migrações Internacionais para o Brasil: Exclusão e Incorporação
Coordenação: Dra. Célia Sakurai - Núcleo de Estudos de População-NEPO, Universidade Estadual de Campinas

Faces da Latinidade: Hispano-Americanos em São Paulo
Sidney  A. da Silva - Prof. da Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Migrações Recentes da Ásia para o Brasil
Sônia Maria de Freitas - Memorial do Imigrante/São Paulo

(© Oriundi)


Imigração: CE presta ajuda urgente a Espanha, Itália e Malta

A Comissão Europeia decidiu co-financiar diversas acções levadas a cabo em Espanha, Itália e Malta para fazer face aos fluxos de imigrantes ilegais, classificando esta ajuda de emergência como um «gesto de solidariedade» com estes Estados-membros.

No total, o executivo comunitário vai co-financiar com 3,28 milhões de euros seis projectos - três dos quais em Espanha, dois em Malta e um em Itália - , todos com a duração prevista de quatro meses, e que têm como objectivo melhorar a resposta das autoridades destes países aos grandes fluxos migratórios que têm atingido as suas costas.

Dois dos três projectos em Espanha visam reforçar as estruturas de primeiros socorros e acolhimento dos imigrantes ilegais em diversos locais das ilhas Canárias e o terceiro consiste em prolongar a vigilância marítima para prevenir os fluxos migratórios provenientes da Mauritânia.

Os projectos malteses visam reforçar igualmente a vigilância marítima e as operações de busca e salvamento nas águas em tornos das ilhas maltesas, e por outro lado melhorar as condições de acolhimento e de vida nos centros para os imigrantes «sem papéis».

Por fim, o programa italiano é levado a cabo em Lampedusa e consiste em reforçar os meios de ajuda imediata aos imigrantes ilegais que desembarcam na ilha e reforçar as capacidades de acolhimento das autoridades italianas.

O comissário europeu responsável pelas áreas da Justiça, Liberdade e Segurança, Franco Frattini, comentou que o financiamento hoje decidido em Bruxelas constitui «um gesto imediato e concreto de solidariedade da União Europeia, que se inscreve numa estratégia global», defendendo uma vez mais a necessidade de os Estados-membros desenvolverem «uma estratégia comum de gestão integrada das fronteiras marítimas».

Frattini recordou que durante o Verão, a Comissão já contribuiu com 3,4 milhões de euros para reforçar o orçamento da agência europeia de fronteiras (Frontex), para a realização de operações marítimas conjuntas.

No âmbito de uma dessas missões, a missão «Hera 2», uma corveta portuguesa, com tripulação conjunta, encontra-se há sensivelmente cinco semanas a patrulhar as águas territoriais de Cabo Verde para prevenir a saída de imigrantes ilegais rumo às Canárias.

(© Diário Digital)


Bruxelas pede que os 25 ajudem a Espanha a lutar contra a imigração

Alemanha, Áustria e Holanda exigem que o governo espanhol seja firme com os "sem papéis"

Ana Carbajosa e Adrián Soto
em Tampere


O vice-presidente da Comissão Européia, Franco Frattini, pediu ontem aos 25 um esforço para ajudar a Espanha, Itália e Malta diante da chegada de imigrantes irregulares. O pedido foi bem recebido em geral pelos ministros do Interior e da Justiça da UE, que, reunidos na cidade finlandesa de Tampere, exigiram que a Espanha expulse imediatamente os "sem papéis" que chegam às suas costas. Os ministros disseram compreender o drama humano que representa arriscar a vida para tentar chegar à Europa e concordaram que a imigração é um assunto que concerne a toda a UE.

Mas também não faltaram críticas. Alemães e holandeses, entre outros, tiveram palavras muito duras para a política migratória espanhola. "Pedir dinheiro a outra pessoa é sempre a maneira mais fácil de resolver um problema", disse o titular do Interior alemão a jornalistas.

O governo espanhol, representado em Tampere por três ministros, pediu à UE um esforço diplomático para negociar acordos de readmissão de imigrantes com os países africanos. "A Europa é mais forte na negociação diplomática que a Espanha; 25 países têm mais força que um", disse o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba. O ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, por sua vez, explicou que "a maioria dos africanos que chegam às Canárias são de língua francesa que aspiram a chegar a outros pontos da Europa diferentes da Espanha. Vão para o norte". Frattini chegou a conclusões semelhantes ao explicar a situação de Portugal, onde uma das maiores comunidades de imigrantes procede da Ucrânia.

Há meses existe certo consenso de que toda a UE deve ajudar os países membros que por sua situação geográfica recebem mais fluxos de imigrantes ilegais. Mas esse consenso hesita na hora de dar o dinheiro ou os barcos-patrulha necessários, como deixou claro ontem a delegação alemã.

O ministro do Interior da Alemanha, Wolfgang Schäuble, também disse aos jornalistas de seu país que "Não se começa pedindo dinheiro aos outros". Ele lembrou que no final dos anos 90 seu país teve de enfrentar, sem que outros países europeus o ajudassem, a chegada maciça de requerentes de asilo que fugiam da guerra da ex-Iugoslávia. Depois, na sessão plenária, mostrou-se muito mais comedido. Ofereceu seu apoio ao governo espanhol, mas deixou claro que primeiro a Espanha deve repatriar de forma imediata todos os sem-papéis que chegaram às costas das Canárias.

As declarações do ministro alemão foram precedidas de outras não menos explosivas do representante alemão das regiões para Assuntos do Interior, Gunther Bechstein, que afirmou que a Espanha "não vai naufragar porque chegaram 25 mil imigrantes" às Canárias. E acrescentou que os recursos espanhóis deveriam bastar para solucionar o problema.

Os alemães não foram os únicos que pediram mais rigidez a Madri. A ministra da Imigração e Integração da Holanda, Rita Verdonk, opinou que "a Espanha é em parte responsável pelo problema, por ter legalizado os imigrantes. As máfias viram nisso um sinal positivo", acrescentou a ministra conservadora, falando à imprensa. Na mesma linha manifestou-se a representante austríaca.

E talvez tenha sido esse acúmulo de reticências que levou o comissário Frattini a se mostrar muito enérgico no final da reunião. "Ou dividimos o custo ou teremos de dividir os imigrantes. Queiramos ou não", salientou.

Uma das propostas que Frattini levou a Tampere foi a de dedicar parte do fundo de solidariedade europeu, destinado inicialmente a catástrofes, às crises migratórias como a das Canárias. A Finlândia, país que preside neste semestre a União Européia, propôs no documento de trabalho da reunião que se dividam de forma solidária boa parte dos gastos que terão de enfrentar os países receptores de imigrantes ilegais. Concretamente, os custos administrativos de recepção e retorno. O texto da presidência teve boa recepção em geral, mas os 25 não se pronunciaram formalmente nem adotaram qualquer decisão por se tratar de um conselho informal.

Enquanto isso, em Bruxelas, a Comissão Européia divulgou dados segundo os quais no ano passado gastou somente 21% (cerca de 13,2 milhões de euros) do orçamento destinado à imigração, informa Andreu Missé.

Esses dados foram divulgados pela comissária de Orçamentos, Dalia Grybauskaité, ao apresentar a liquidação do orçamento para 2005. A comissária indicou que a ineficiência nos gastos em termos de imigração deve-se "à falta de coordenação das políticas de imigração entre os Estados membros". Acrescentou que havia dinheiro disponível para essas políticas, mas que os fundos nem sempre são utilizados de maneira eficaz.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

(© El País)


Para saber mais sobre:

powered by FreeFind

Pesquise no Site ou Web

Google
Web ItaliaOggi

Publicidade
 
Notizie d'Italia | Gastronomia | Migrazioni | Cidadania | Home ItaliaOggi