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Presidente do Parlamento Europeu diz que Europa necessita de mais imigrantes

16/01/2007

O presidente do Parlamento Europeu, o espanhol Josep Borrell


Barcelona - O presidente do Parlamento Europeu (PE), o espanhol Josep Borrell, afirmou que a Europa vive uma grave situação de envelhecimento demográfico, que torna imprescindível a chegada de "novos imigrantes".

"Hoje, o bloco europeu tem um clima um pouco deprimente, quando se completa meio século da criação da Comunidade Européia", admitiu Borrell, em uma conferência em Barcelona.

"A UE se pergunta agora o que resta por fazer", disse Borrell, que identificou as quatro grandes crises vividas atualmente pela UE: "de identidade, de dimensão, de eficácia e de legitimidade".

O presidente apontou os "grandes problemas" enfrentados pela UE, dentre os quais citou a demografia e a imigração.

Borrell, que no próximo 15 de janeiro deve deixar a Presidência do Parlamento Europeu, após dois anos e meio no cargo, considerou necessária uma política comum para tramitar os fluxos migratórios em direção ao velho continente.

Apesar da chegada de imigrantes estar gerando um amplo debate dentro dos países de destino, Borrell afirma que novos imigrantes são necessários, porque há um buraco demográfico espantoso no bloco, que só pode ser sanado se "recorrermos maciçamente à imigração".

Para ilustrar o envelhecimento populacional europeu, ele lembrou que a Espanha e Itália "serão dentro de 15 anos os países mais velhos do mundo".

"Os imigrantes fazem a função de substituição da mão-de-obra européia que se perde a cada ano. Se todos os imigrantes fossem embora amanhã, nossa economia afundaria", afirmou.

O outro grande desafio, explicou, é o equilíbrio entre energia e meio ambiente, que, segundo sua opinião, só pode ser solucionado se a Europa der um salto tecnológico, e adotar fontes alternativas de energia que atenuem sua "enorme dependência energética".

Segundo Borrell, o tema da energia deve ser o catalisador da construção do bloco europeu, da mesma forma que o foi em seu início, quando se criou a Comunidade Européia do Carvão e do Aço.

Neste sentido, pediu aos Estados-membros que tomem consciência da importância deste assunto, criem uma política energética comum, sem a qual dificilmente pode plantear-se uma política externa comum coerente, e abram um debate sobre que tipo de energia deve ser gerada pela Europa, sem descartar a nuclear.

Por outro lado, Borrell reconheceu que uma União Européia com 27 países faz com que as reuniões comunitárias sejam "menos eficientes", o que coloca um "problema de eficácia", agravado pela não-entrada em vigor da Constituição Européia, rejeitada por França e Holanda.

Segundo sua opinião, a Presidência rotativa alemã "terá uma missão bastante complicada", para chegar a um acordo constitucional, dada a postura que pode ser adotada pela França.

(© G1)

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