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Migrazioni ItaliaOggi

 

A imigração italiana mudou o mundo, atesta publicação de Harvard

15/04/2009

Foto: Divulgação

Publicado pela editora Harvard University, livro Emigrant Nation - The Making of Italy Abroad faz uma análise de peso sobre o fenômeno da imigração italiana

A imigração italiana mudou o mundo, mas também mudou a Itália. Essa é uma das elaborações a que chega o livro  Emigrant Nation - The Making of Italy Abroad, publicado pela editora da Universidade Harvard, uma das instituições universitárias mais prestigiadas dos EUA e do mundo. De autoria de Mark Choate, professor de História da Brigham Young University, trata-se de um trabalho de fôlego em que é analisada a relação entre os imigrantes italianos, suas novas comunidades e o seu país de origem.

Um dos aspectos analisados diz respeito à preservação da identidade italiana por parte dos imigrantes, seja por meio de esculas, de grupos, de câmaras de comércio e de entidades como a Sociedade Dante Alighieri. Mesmo sendo um pioneiro na perspectiva da criação de uma nação global, o imigrante italiano mantinha sua fidelidade ao país. E não apenas sob o ponto de vista afetivo-cultural.  Remessas dos imigrantes ajudaram a manter o saldo da balança comercial do país e contribuíram para o primeiro boom industrial, nos primeiros anos do século passado.
Um total de 300 mil reservistas imigrantes regressou para lutar pelo país na Grande Guerra, em uma ostensiva exibição de patriotismo. Choate analisa essa situação também no contexto político e como o Estado passou gradativamente a encarar a imigração, especialmente sob o clima de nacionalismo.

No fundo, a expectativa era conseguir recursos suficientes para retornar, comprar um pedaço de terra, refazer a vida na terra de origem. Mas ao fim e ao cabo, para a imensa maioria, essa esperança permaneceu como não cumprida.

Em 340 páginas, Choate disseca o fenômeno com a competência suficiente que lhe autorizou ser publicado pela editora de Harward. Resta esperar a sua tradição no Brasil. Ou, então,  adquiri-lo no site da instituição.

Veja um trecho do livro

(© Oriundi)

 


Talian dos imigrantes italianos prestes a se tornar Patrimônio Cultural Imaterial

O reconhecimento do Talian - língua falada por significativa parcela de imigrantes italianos que vieram para o Brasil, e seus descendentes - como Patrimônio Cultural Imaterial está prestes a acontecer. A Federação das Associações Ítalo-brasileiras do Rio Grande do Sul (Fibra) informa que foi dado início ao inventário para a inclusão do mesmo no Livro de Registro das Línguas Brasileiras, coordenado pelo Ministério da Cultura.

Um acordo foi firmado e a Universidade de Caxias do Sul foi escolhida para coordenar os trabalhos, que inclui a Associação dos Difusores do Talian, a Fibra e o Instituto Veneto.

Cópias de livros, jornais, documentários, registros de eventos culturais, música, teatro, dança, escola, cursos, assim como programas de rádio e televisão, monografias, leis municipais e estaduais, que digam respeito ao uso do Talian, devem ser encaminhados pelo e-mail fibrars@yahoo.com.br , ou pelo correio Rua Otávio Rocha, 340 – CEP 99250-000 – Serafina Corrêa – RS. Informações, com Paulo Massolini, tel. (54) 99747668.

Em 2005, o deputado federal gaúcho Francisco Turra, a partir de um encaminhamento da Federação dos Vênetos do Rio Grande do Sul (FEVENETO), atendendo solicitação da Associação dos Difusores do Talian (ASSODITA), mobilizou-se no sentido de ver reconhecido o Talian, como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. No entanto, na época, a impossibilidade legal do tombamento de línguas, em vista da ausência de um livro de registros específico para casos como este, inviabilizou a continuidade do processo.

Em 2006, na Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Câmara, foi realizado o I Seminário sobre a Criação do Livro de Línguas. Naquela oportunidade, a Fevêneto foi representados por Darcy Loss Luzzatto e Cleudes Piazza Ribeiro, da UCS, que defenderam a proposta do tombamento do Talian, que se encontrava sob risco de extinção. A partir de então, foi criado um grupo de trabalho intedisciplinar e inteministerial, formado para estudar medidas de reconhecimento e valorização da diversidade lingüística do Brasil, na qual foi incluída a antiga língua falada pelos imigrantes italianos.

(© Oriundi)

 

 

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