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Migrazioni ItaliaOggi

 

Diante de um possível crash demográfico, imigração poderá ser a saída, afirma vice-presidente da CE

24/05/2009

Foto: Divulgação

Vice-presidente da Comissão Europeia para Justiça, Liberdade e Segurança, Jacques Barrot, alerta para os riscos de uma visão negativa dos fluxos migratórios

A partir da consideração de que, com a chegada do verão, podem se reproduzir  as tragédias envolvendo imigrantes que tentam alcançar a Europa em embarcações,o  vice-presidente da Comissão Europeia  para a Justiça, Liberdade e Segurança, Jacques Barrot, em artigo publicado na semana passada, no Le Monde, alerta que a questão envolve três riscos que precisam ser  evitados a todo o custo.

O primeiro deles, conforme explicita Barrot, é o de uma visão negativa dos fluxos migratórios, acentuada por um contexto de crise econômica. Na sua opinião, a Europa precisa da imigração para evitar o “crash demográfico”, que a ameaça a economia do bloco e os sistemas de proteção social.

O segundo risco, observa, é o de uma confusão entre imigração e asilo, acentuado pela característica heterogênea dos fluxos de imigrantes que chegam à Europa. Barrot destaca que emigrante econômico não é um refugiado que fugiu de seu país, ameaçado por perseguição provocada pela guerra ou terror contra as minorias.

Já o terceiro risco, na visão de Barrot, é o de acreditar que a gestão dos fluxos migratórios e de asilo podem ser resolvidos basicamente em nível nacional, sem uma estreita coordenação européia. 

Esta fragmentação das políticas de migração é um absurdo perpetrado no espaço sem fronteiras de Schengen, em uma alusão à convenção firmada entre os países europeus sobre a livre circulação de pessoas no espaço geográfico da Europa.

No seu artigo, Barrot acentua também que a  imigração irregular compromete  a integração dos imigrantes regulares. Além da tragédia humana que a acompanha, pois desde 2002 ao menos 4 mil pessoas perderam a vida tentando atravessar o Mediterrâneo em barcos.

Nesse sentido, Barrot destaca no artigo publicado no Le Monde que é preciso urgentemente estabelecer um diálogo com os países da África Oriental e do Norte da África, de onde parte a maioria dos imigrantes.
Ainda conforme a autoridade da UE, uma política migratória responsável também é uma gestão articulada da imigração regular entre o bloco e os países terceiros (que não integram a União Europeia).  O pressuposto de Barrot é que o sistema permita à Europa se beneficiar, durante um período, das competências e da força de trabalho dos imigrantes regulares, que retornarão aos seus países enriquecidos com a experiência vivida.

Em setembro, conforme anuncia no artigo, Barrot pretende apresentar novas propostas de leis relacionadas aos trabalhadores sazonais. Ele considera importante convencer os parceiros da Europa sobre o compartilhamento da oportunidade que representa a migração regular.

Leia a íntegra do artigo no Le Monde

(© Oriundi) 


Seminário sobre imigração italiana em MG: inscrições abertas para apresentação de trabalhos


Pesquisadores têm até 30/08 para inscrever trabalhos no V Seminário sobre Imigração Italiana em Minas Gerais, que será realizado em BH, de 26 de outubro a 1º de novembro

A comissão organizadora do V Seminário sobre Imigração Italiana em Minas Gerais abre chamada para trabalhos, acadêmicos ou não, a serem apresentados em Sessões de Pôster, nos dias 27, 28, 29 e 30 de outubro de 2009, no âmbito do evento, que será realizado em Belo Horizonte, de 26 de outubro a 1º de novembro. Os resumos podem ser enviados até 30 de agosto.

A Sessão de Pôster tem como objetivo divulgar de forma sintética e objetiva as pesquisas concluídas (ou ainda em andamento) sobre a temática do V Seminário, ou seja, a contribuição da imigração italiana para a formação histórica e a memória de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Incentiva-se a submissão de pesquisas que enfoquem a contribuição da imigração italiana para a Arquitetura e Urbanismo, bem como para o desenvolvimento das Artes Plásticas, Música, Teatro, Cinema, Educação e Esporte, e a formação da Indústria e Comércio. Alem disso, será dado destaque às pesquisas que investiguem a contribuição histórica e social da imigração italiana aos movimentos operários e consolidação do associativismo em Belo Horizonte e em todo o estado.

Os trabalhos não precisam ter caráter exclusivamente acadêmico e atenção especial será dada aos trabalhos documentais sobre as memórias familiares dos italianos e seus descendentes em Minas Gerais.

Os trabalhos selecionados devem seguir o formato de pôster com dimensões de 1,20 x 0,70 e ficarão expostos durante todo o evento no saguão da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG.

Os dias 27, 28, 29 e 30 entre 18h00 e 18h30, estão reservados para que os autores possam responder questões feitas pelos visitantes e interessados.

Finalmente, todos os trabalhos selecionados e apresentados deverão compor parte importante do acervo do Arquivo sobre Imigração Italiana em fase de produção e organização.

Regras para submissão de resumos: formato simples, Times New Roman 12, máximo de 300 palavras. Especificar o nome do(a) autor(a), breve CV ou apresentação pessoal e 3 palavras-chaves.

Período para submissão de resumos: 20 de julho a 30 de agosto.

Endereço eletrônico para inscrição dos resumos: seminario@ponteentreculturas.com.br

(© Oriundi)


Atlas revela um século da imigração em São Paulo


Atlas da Imigração Internacional em São Paulo: 1850-1950 reúne fotos, como esta, do Núcleo Colonial de Nova Odessa, na região de Campinas Fotos: Centro de Memória Unicamp

Em contraste com os mais de 40 milhões de habitantes de hoje, o estado de São Paulo tinha, em 1854, pouco mais de 418,5 mil. Os estrangeiros (aproximadamente 6,7 mil) correspondiam a 1,6% dessa população. O quadro, porém, sofreria brusca alteração nas décadas seguintes com o intenso fluxo imigratório para o Brasil.

Em 1900, os estrangeiros já somavam mais de 478 mil, representando 21% da população paulista. Das duas últimas décadas do século 19 até o início dos anos 1970, cerca de 5 milhões de pessoas entraram no País. Desse total, mais da metade, 2,8 milhões para o Estado de São Paulo.

Esses e outros dados estão registrados no Atlas da Imigração Internacional em São Paulo: 1850-1950. A obra compõe, em conjunto com o Roteiro de Fontes sobre a Imigração em São Paulo: 1850-1950 e o Repertório de Legislação Brasileira e Paulista Referente à Imigração, acervo em torno de mesma temática: a presença estrangeira em terras paulistas.

Os livros fazem parte do Programa Brasil Latino: migração, humanismo latino e territorialidade na sociedade paulista - 1850-1950, financiado pela Fondazione Cassamarca. Foram publicados pela Editora da Unesp e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A trilogia reúne informações fundamentais para o estudo da imigração em São Paulo, destaca um de seus autores, Carlos de Almeida Prado Bacellar, que é professor do Departamento de História da USP e coordenador do Arquivo Público do Estado. A coordenação dos trabalhos foi da professora Maria Silvia Bassanezi, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp. Assinam as publicações ainda os professores Ana Silvia Volpi Scott (da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos) e Oswaldo Serra Truzzi (da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar). (Imprensa oficial)

(© Oriundi)

 

 

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