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Refúgio político a Cesare Battisti causa indignação na Itália

14/01/2009

Foto: 19.mar.07/Eraldo Peres/AP

Itália pede que presidente Lula reconsidere concessão de refúgio político a Battisti
 

da France Presse, em Roma
da Folha Online

A decisão do Ministério da Justiça de conceder ao ex-ativista italiano de extrema-esquerda Cesare Battisti refúgio político gerou duras reações por parte do governo italiano e de familiares de vítimas de terrorismo. Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália como autor ou coautor de quatro homicídios. Em 2007, foi preso no Brasil pela Polícia Federal.

O ministério das Relações Exteriores italiano reagiu com uma nota na qual, além de condenar a decisão do ministro Tarso Genro (Justiça), também solicita diretamente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconsidere a decisão.

Além da chancelaria, representantes do governo conservador de Silvio Berlusconi manifestaram indignação contra a decisão da Justiça brasileira. O vice-ministro do Interior, Alfredo Mantovano, considerou "grave e ofensiva" a decisão: "um insulto a nosso sistema democrático", disse.

O senador Maurizio Gasparri, porta-voz do Partido Povo da Liberdade, expressou seu "desconcerto e dor", enquanto um dos líderes da oposição de esquerda Partido Democrático, Piero Fassino, disse que a decisão do Brasil "é equivocada".

"[Battisti] Foi protagonista da época do terrorismo e seria justo que os magistrados brasileiros tivessem maior consciência do que fazem", afirmou o político.

A decisão também motivou protesto nas associações de familiares das vítimas de terrorismo. "Mais uma vez houve total insensibilidade e falta de respeito à nossa democracia", declarou Sabina Rossa, deputada do Partido Democrático (centro esquerda), cujo pai foi assassinado pelas Brigadas Vermelhas.

"É uma decisão absurda. Temos que mudar a tática, vamos fazer algo sério. Passar das belas palavras aos fatos, sérios e ponderados", disse Alberto Torregiani, que ficou tetraplégico em um atentado atribuído a Battisti.

Além do Brasil, a França negou há quatro meses a extradição por "razões humanitárias" à ex-militante das Brigadas Vermelhas Marina Petrella. Os dois casos geraram fortes reações na Itália.

Defesa

Battisti, que sempre se declarou inocente, alega que foi condenado pelo testemunho de um ex-companheiro na organização esquerdista, Pietro Mutti --que foi premiado por sua delação-- e sem nenhuma prova da perícia.

O ex-ativista se considera um perseguido político. "Tenho certeza de que serei alvo de vingança se for para a Itália", afirmou em uma entrevista publicada nesta semana na revista "Época", concedida da prisão em Brasília, onde espera solução para seu caso.

Justificativa

Tarso justificou nesta quarta-feira a concessão do refúgio. Segundo ele, não houve influência política na decisão, que foi tomada de acordo com preceitos jurídicos e sem considerar um possível mal-estar diplomático entre Brasil e Itália.

"Estou tranquilo de que tivemos a decisão correta, sem entrar no mérito do direito que tem o Estado italiano, e da fineza e da propriedade de considerar o Estado italiano um Estado democrático", afirmou o ministro brasileiro.

(© Folha Online)

 


Itália chama embaixador brasileiro para protestar contra asilo a Battisti

O Ministério de Relações Exteriores italiano convocou hoje o embaixador brasileiro, Adhemar Gabriel Bahadian, para expressar "sua queixa e surpresa" com a decisão do Brasil de conceder o status de refugiado político a Cesare Battisti, ex-membro de um grupo de extrema-esquerda condenado por quatro homicídios.

Em uma nota, o ministério explicou que o secretário-geral Giampiero Massolo manifestou ao diplomata "a indignação de todas as forças políticas parlamentares, dos familiares das vítimas e de toda a opinião pública" com a decisão do Brasil.

Além disso, Massolo mostrou a "forte perplexidade" com as explicações dadas pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para justificar o status de refugiado político concedido a Battisti. Genro entendeu que o ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) não teve "o amplo direito à defesa" na Itália.

Massolo pediu ao embaixador brasileiro que reitere às autoridades o "forte apelo" do governo italiano para que a posição mude. O ministro da Justiça italiano, Angelino Alfano, anunciou que ligará a Genro nas próximas horas.

Na Itália, Battisti foi condenado à prisão perpétua à revelia por participação em quatro homicídios ocorridos na década de 1970.

O ex-ativista e escritor italiano, que aguardava a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, será solto nesta mesma semana.

"A decisão do governo brasileiro de não conceder a extradição de Battisti é um fato desconcertante, ofensivo e de extrema gravidade", declarou o ministro de Defesa italiano, Ignazio La Russa, que disse estar surpreso com o fato de "um terrorista e assassino" ser considerado refugiado político.

La Russa disse que é "absolutamente necessário adotar qualquer iniciativa para mostrar ao Governo brasileiro a indignação de todo o povo italiano diante de uma decisão inaceitável e vergonhosa".

Já o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, se declarou "comovido" por uma decisão que salva "um criminoso condenado por homicídio", e ressaltou que a justificativa de que Battisti poderia sofrer torturas ou humilhações na Itália "é uma piada" e "uma ofensa".

(© Folha Online)


No all'estradizione per Cesare Battisti. Appello del governo: "Lula ci ripensi"

La Farnesina: «Sorpresa e rammarico per la concessione dell’asilo politico». Duro Castelli: ingiustizia è stata fatta. Fassino: non condivido scelta Brasile

La Farnesina esprime «Viva sorpresa e forte rammarico» per la concessione dell’asilo politico a Cesare Battisti; ne dà notizia una nota. Da parte italiana spiega la nota, si esprime «viva sorpresa e forte rammarico per la decisione assunta dal Ministro della Giustizia brasiliano che, ribaltando quanto stabilito dal Comitato nazionale per i rifugiati, ha accolto il ricorso di Cesare Battisti, un terrorista responsabile di gravissimi delitti che nulla hanno a che fare con lo status di rifugiato politico».

«Nell’esprimere apprezzamento per la decisione adottata a fine novembre scorso dal Comitato che aveva negato, nell’ambito delle sue competenze, il riconoscimento dello status di rifugiato al terrorista Battisti» - prosegue la nota - l’Italia rivolge un appello al Presidente Lula da Silva perché vengano esperite tutte le iniziative che possano promuovere, nel quadro della cooperazione giudiziaria internazionale nella lotta contro il terrorismo, una revisione della decisione giudiziaria adottata». «Ciò vale a maggior ragione - conclude la nota - in un momento in cui i Paesi del G8 e quanti con essi hanno un rapporto di intensa collaborazione, come il Brasile, saranno chiamati a confermare un impegno solenne e a promuovere azioni sempre più efficaci per sconfiggere il terrorismo internazionale».

«Ancora una volta ingiustizia è fatta». Il leghista Roberto Castelli accoglie così la decisione del Brasile di riconoscere a Cesare Battisti lo status di rifugiato politico. «Ingiustizia - sostiene l’ex Guardasigilli - nei confronti delle vittime, ingiustizia nei confronti dei famigliari delle vittime, ingiustizia nei confronti della giustizia italiana, atteso che nelle motivazioni del magistrato non viene riconosciuta l`autorità della regolarità della sentenza».

La protesta per la decisione del Brasile arriva però anche dagli ambienti della sinistra. Piero Fassino ha infatti commentato così: «Non la condivido - ha detto l’esponente Pd - penso sia una decisione sbagliata perchè il processo che ha subito Battisti in Italia non è un processo per reati politici ma per reati molto gravi di sangue che hanno provocato delle vittime, è stato un protagonista della stagione lontana del terrorismo e credo che sarebbe giusto che la magistratura brasiliana fosse più consapevole delle scelte che fa». «Non credo che sia un atteggiamento verso l’Italia - ha detto Fassino - c’è una valutazione secondo me errata di reati legati al terrorismo politico, siccome sono legati al terrorismo politico si pensa che la motivazione politica che ha ispirato questo reato in qualche modo nobiliti il reato stesso e assolva dalla responsabilità, io non credo che possa essere così, credo che quando si uccide un uomo, qualsiasi sia la ragione per cui lo si sia ucciso anche per ragioni politiche, si deve rispondere di quell’ omicidio».

(© La Stampa Web)


Quattro omicidi e l'ergastolo per lo scrittore noir

Un maresciallo degli agenti di custodia di Udine; un gioielliere milanese e un macellaio mestrino iscritto all'Msi che in comune avevano soltanto l'aver sparato ad un rapinatore; un agente della Digos di Milano: sono le vittime per le quali la giustizia italiana ha condannato all'ergastolo Cesare Battisti, l'ex militante dei Proletari Armati per il Comunismo (Pac) a cui il Brasile ha concesso lo status di rifugiato politico contro la richiesta di estradizione dell'Italia. A Rio de Janeiro Battisti fuggì nel 2004, poco prima del pronunciamento definitivo del Consiglio di Stato francese che l'avrebbe estradato in Italia da Parigi, città dove l'ex militante dei Pac, così come altri terroristi coperti dallo 'scudo' della dottrina Mitterand, si era rifatto una vita come affermato scrittore noir. L'arresto in Brasile, nel marzo del 2007, mette fine alla sua latitanza.

Le vittime di Battisti tra loro non si conoscevano - Unite nel destino da un terrorismo che in quegli anni lasciava morti sulle strade ad un ritmo impressionante. Andrea Santoro fu il primo a cadere sotto i colpi dei Pac. A 52 anni viveva una vita tranquilla con la moglie e i tre figli, a Udine, dove comandava con il grado di maresciallo il carcere di via Spalato. Il 6 giugno del '78, quando lo uccisero, non era ancora passato un mese dal ritrovamento del cadavere di Aldo Moro in via Caetani e l'Italia era ancora sotto choc. Lo attesero sotto il carcere e quando arrivò lo freddarono con una pistola militare. A sparare, secondo gli inquirenti furono proprio Battisti e una complice, con la quale si scambiò false carezze fino al momento di colpire. I due, fu ricostruito poi, fecero perdere le loro tracce confondendosi tra i turisti: a bordo di una '2 cavalli' con tanto di gommone sul tetto, si allontanarono verso Grado. Per i Pac quello fu il battesimo del fuoco. E il '79 ne fu il triste prosieguo: tre omicidi, due a Milano e uno ancora nel nord est, a Mestre. Il 16 febbraio la prima, duplice azione: a Milano fu ucciso il gioielliere Pierluigi Torregiani; a Mestre il macellaio Lino Sabbadin.

Nella rivendicazione: ''E' stata posta fine" alla loro "squallida esistenza" - Il gioielliere e il macellaio avevano in comune una cosa: spararono e uccisero un rapinatore. E per questo furono puniti; una vendetta insomma. Torregiani fu ammazzato poco prima delle 16, davanti alla sua gioielleria nel rione Bovisa. Gli spararono mentre usciva dal negozio assieme al figlio: il gioielliere fece in tempo ad estrarre la pistola e a far fuoco, ma non a salvarsi. Suo figlio, poco più che adolescente, invece si salvò. Ma fu ferito alla spina dorsale e rimase paralizzato. Due ore dopo, alle 18 fu la volta di Lino Sabbadin. Due giovani entrarono nella sua macelleria a Santa Maria di Sala e gli spararono con una calibro 6,35. La colpa di Sabbadin era quella di aver ucciso un rapinatore che due mesi prima era entrato nella macelleria. Il '79 dei Pac non era ancora finito: il 19 aprile fu la volta di Andrea Campagna, agente della Digos milanese, uno 'sbirrò. Uno sconosciuto si avvicinò al poliziotto appena 25/enne in via Modica, nel quartiere della Barona, e sparò. Cinque colpi di pistola calibro 375 magnum lo colpirono nella zona sinistra del torace, in corrispondenza del cuore. Per lui non ci fu nulla da fare. Poco dopo una telefonata al 'Secolo XIX' e a 'Vita' rivendicò l'omicidio a nome dei Proletari Armati per il comunismo.

(© Tiscali.Notizie)

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