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Vítimas do terremoto na Itália devem ter funeral coletivo na Sexta-Feira Santa; nº de mortos chega a 250

08/04/2009

Foto: Gregorio Borgia/AP

Mulheres se desesperam ao ver corpo ser retirado de escombros por bombeiros
 

A Defesa Civil italiana divulgou um novo balanço na manhã desta quarta-feira informando que o número de mortos no terremoto de segunda (8) chegou a 250 --dos quais 17 ainda não foram identificados. Onze pessoas ainda estão desaparecidas e mais de 1.000 feridas --cem em estado grave.

Na madrugada desta quarta-feira, mais tremores foram sentidos em Áquila, o mais forte deles, de 3,7 graus na escala Richter, às 6h25, de acordo com o Instituto de Geofísica e Vulcanologia italiano (tremores secundários de intensidade menor, conhecidos como réplicas, são comuns depois de terremotos). O sismo teve duração de cerca de 20 segundos, fez prédios e ruas tremerem e, mais uma vez, assustou os moradores da região. Durante a noite, a temperatura não passou dos 5º Celsius.

A Defesa Civil alertou que ladrões chegam de várias partes da Itália à região do terremoto para saquear os edifícios que tiveram de ser desocupados --e consequentemente estão desprotegidos contra furtos.

Na sexta de manhã, um funeral coletivo das vítimas será celebrado no estádio de Áquila, como propôs o arcebispado da cidade, que quer que a cerimônia coincida com a Sexta-Feira Santa. O governo declarará uma data de luto nacional.

Amanhã, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, deverá se dirigir a Áquila.

Parentes começam a se preparar para enterrar os mortos. O primeiro funeral de uma vítima está marcado para esta quarta-feira, na cidade de Loreto Aprutino, e será conduzido pelo arcebispo de Pescara. Pelo menos 235 corpos foram armazenados em um necrotério improvisado em uma escola da Polícia de Finanças da Itália, perto de Áquila, informou a imprensa local.

Ontem, os homens que trabalham no resgate, muitos deles voluntários, tiveram um momento de alegria e aplaudiram quando resgataram uma estudante de 20 anos das ruínas de um prédio de cinco andares no centro de Áquila, cidade que registrou a maioria dos mortos.

"Um resgate como esse vale o trabalho de seis meses", disse Claudio, um bombeiro de Veneza, depois que Eleonora Calesini, foi tirada dos escombros. Segundo parentes, a estudante, que usa um aparelho auditivo, teve ferimentos em um braço, mas estava em bom estado de saúde.

Mais cedo, uma mulher de 98 anos foi resgatada depois de passar 30 horas embaixo dos escombros.

Entre os mortos estão quatro estudantes presos nos escombros de um dormitório da Universidade de Áquila, informou a agência de notícias Ansa. "A menos que haja um milagre, fui informado que eles provavelmente estão mortos," disse o reitor da universidade, Ferdinando Di Orio. No início da noite, os corpos de dois deles foram localizados.

Muitas das vítimas eram estudantes da universidade. Um bombeiro do porto de Pescara, que foi à cidade ajudar os esforços de resgate desabou em lágrimas depois de localizar nos escombros o corpo de sua enteada, que estudava em Áquila.

Novos terremotos

Cerca de 17 mil sobreviventes que ficaram desalojados após o pior terremoto em três décadas na Itália passaram uma noite de medo em tendas e carros na região montanhosa de Abruzzo. O tremor mais forte desde o terremoto de segunda-feira derrubou edifícios, incluindo partes da basílica e da estação, quando o sol estava se pondo.

Em Áquila, o tremor derrubou partes da Igreja das Almas Santas, cuja cúpula estava comprometida, além de escombros dos edifícios danificados na madrugada desta segunda-feira. Os contêineres de água instalados na estação de trens da capital de Abruzzo também caíram.

"Nós avisamos as pessoas para não voltarem para as suas casas", disse o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, em uma entrevista coletiva em Áquila, onde prometeu as buscas por sobreviventes irão continuar pelos próximos dois dias.

O terremoto lançou detritos sobre moradores e equipes de resgate em Áquila. "Eu quero ir para casa! Quero ir para casa!", gritou uma mulher identificada apenas como Patrizia depois que pedaços de fachada de um prédio em ruínas caíram sobre eles.

Sua mão tremia quando homens do resgate entregaram a ela um copo de água. O namorado dela, Agostino Paride, 33, um engenheiro, disse que eles tinham dirigido 70 km até Áquila para levar alimentos e roupas para parentes que estavam na barraca de um acampamento.

O prefeito de Áquila disse que o terremoto de 5,6 graus na escala Richter deixou um morto --o que não foi confirmado pelos bombeiros. Em Roma, 100 km a oeste, os móveis tremeram nos andares mais altos dos prédios. Há relatos de que um romano de 76 anos morreu após um ataque cardíaco.

"Nas duas últimas noites, eu dormi três horas no máximo. Eu me sinto fisicamente e mentalmente cansada pela falta de sono e pelo medo", disse Ilaria Ciani, 35, que passou as noites em uma grande tenda azul no acampamento de sobreviventes em um campo de esportes perto de Áquila.

O governo, que declarou estado de emergência nacional, enviou tropas para a região, criou 20 acampamentos e 16 cozinhas de campanha para fornecer comida quente e alojamento para 14 mil pessoas. (Com agências internacionais)

(© Folha Online) 


Construções anti-terremoto poderiam ter evitado tragédia na Itália

Foto: Chris Helgren/Reuters

Engenheiros e especialistas em sismologia da Itália afirmam que embora a intensidade dos terremotos que atingem o país Itália não seja tão grande como em outros países, eles provocam maior destruição porque não são respeitadas normas de construção anti-sísmica.

Para o geofísico Antonio Piersanti, do Instituto Italiano de Geofísica e Vulcanologia (IGV), se as construções de edifícios na Itália aplicassem técnicas de construção anti-terremoto, boa parte dos efeitos devastadores de tremores como o que atingiu a cidade de Áquila, na última segunda-feira, poderia ter sido evitada.

"Uma oportuna atenção a técnicas construtivas resolveria quase completamente o problema", disse Piersanti à BBC Brasil.Segundo ele, a intensidade máxima dos terremotos na Itália dificilmente supera 6,5 graus na escala Richter, e não é difícil resistir a abalos sísmicos desta intensidade. O terremoto que destruiu Áquila e 26 municípios na região do Abruzzo teve uma magnitude de 5,8 graus.

EUA e Japão "Na China e na Turquia os terremotos chegam a 8 graus, mas, mesmo assim, muito pode ser feito em termos de construção para resistir a eles. Na Itália, com intensidades bem menores, poderíamos não ter mais nenhum dano causado por todos os terremotos que possam ocorrer no país", afirmou Piersanti.

Outros especialistas concordam. Franco Barberi, vulcanólogo e presidente da Comissão de Grandes Riscos da Defesa Civil italiana, acredita que o terremoto que devastou Áquila não teria provocado os mesmos danos e vítimas se tivesse ocorrido nos Estados Unidos ou no Japão.

"Um tremor como este nesses países não teria deixado nem mesmo um morto", afirmou Barberi.

Na opinião do especialista, o fato de o hospital de Áquila ter sido parcialmente destruído pelo terremoto demonstra que é necessário um maior investimento nas construções.

"Se até os edifícios que deveriam ter sido construídos respeitando os critérios anti-sísmicos sofreram danos irracionais, então é preciso controlar a qualidade das construções. Principalmente as estruturas públicas e estratégicas, como hospitais e prédios do governo", disse Barberi.

O prefeito de Áquila afirmou que entre os prédios que desabaram não havia apenas construções antigas, mas também muitos prédios novos.

Reconstrução Para voltar à normalidade, ao menos em Áquila, serão necessários oito anos, segundo o engenheiro Giandomenico Cifani, pesquisador do Instituto de Tecnologias da Construção da cidade.

"Depois de socorrer as vítimas, serão feitas vistorias para verificar o estado dos edifícios, a relação dos danos para ver se as pessoas podem voltar para suas casas e o cálculo do custo de tudo isso, o que leva muito tempo", afirmou Cifani.

Segundo estimativas fornecidas pelo Centro Europeu de Pesquisa e Formação em Engenharia Sísmica, publicadas por jornais italianos, cerca de 80 mil edifícios públicos precisariam ser reforçados em todo o território nacional. Segundo o geofísico Antonio Piersanti, a Itália inteira está sujeita a abalos sísmicos porque está localizada entre duas placas tectônicas: a africana e a euro-asiática.

"Os terremotos são pequenas liberações da enorme quantidade de energia acumulada pela colisão das placas, que são massas gigantescas e envolvem continentes inteiros", explicou. "As macroplacas que formam a crosta terrestre não estão paradas, mas bóiam numa espécie de oceano de magma muito viscoso, onde os movimentos são muito lentos. Quando colidem, fazem pressão uma contra a outra e este fenômeno cria os terremotos", disse Piersanti à BBC Brasil. Conforme a explicação do geofísico, as zonas mais sísmicas estão no ponto onde essas placas se encontram, o que acontece com a Itália.

(© UOL Últimas Notícias)


Terremoto do centro da Itália danificou vários monumentos históricos

Foto: Gregorio Borgia/AP

ROMA, Itália (AFP) — Vários monumentos históricos foram danificados nesta segunda-feira pelo forte terremoto que atingiu, principalmente, a região de Abruzzos, no centro da Itália, matando pelo menos 100 pessoas.

A cidade de L'Aquila, capital de Abruzzos, fundada no século XIII, foi uma das mais afetadas devido ao grande número de bens arquitetônicos que possui, em grande parte, da Idade Média.

Uma de suas mais belas e imponentes igrejas, a basílica de Santa Maria di Collemaggio, do século XIII, assim como as igrejas barrocas de Santo Agostinho e do Suffragio, do século XVIII, sofreram desabamentos parciais, indicou em um comunicado o Ministério para os Bens Culturais italianos.

O campanário da igreja de São Bernardino, joia do século XV e cuja fachada sobreviveu a vários terremotos, desabou, indicou a mesma fonte.

O imponente castelo do século XV, construído durante a dominação espanhola, que é sede do Museu Nacional de Abruzzos, também sofreu danos materiais e teve que ser fechado.

O tremor foi registrado de madrugada e foi sentido em toda a região central da Itália, acordando muitos moradores de Roma com a queda de objetos e móveis.

Em Roma, as famosas Termas de Caracalla, um dos monumentos mais imponentes da Roma imperial, construídas no século III, ficaram levemente danificadas pelo terremoto.

Segundo o encarregado dos bens arqueológicos de Roma, Angelo Bottini, "os especialistas constataram alguns danos que devem ser avaliados com maior precisão", disse.

As outrora luxuosas termas, a poucos metros de distância do Coliseu, são uma das maiores atrações turísticas da capital e são consideradas uma das obras-primas da engenharia romana.

Um fotógrafo da AFP visitou as ruínas e constatou que foram abertas normalmente ao público e que os danos não eram evidentes.

Bottini indicou que outros monumentos romanos, como o Foro Romano e o Coliseu, não foram afetados.

A Itália possui um patrimônio artístico inestimável, cuja fragilidade ficou evidente durante os terremotos de setembro e outubro de 1997 na Umbria e em Marcas, duas regiões do centro.

Nessa ocasião a famosa basílica de São Francisco de Assis, célebre pelos afrescos de Giotto, desabou e tevo que ser submetida a uma grande e custosa restauração.

(© AFP)


Sisma, 260 morti, venerdì i funerali. Ancora nuove scosse

Foto: Luca Bruno/AP

L'AQUILA (Reuters) - La terra continua a tremare oggi in Abruzzo, dopo la potente scossa di ieri sera che ha provocato nuovi crolli e panico, ma non ha fermato i soccorritori che continuano a lavorare all'Aquila e nei comuni vicini devastati dal sisma.

Continua intanto a crescere il bilancio delle vittime, fissato oggi dal presidente del Consiglio Silvio Berlusconi a 260 morti, di cui 16 bambini.

Nove salme sono ancora da identificare e sono state portate presso l'ex-stabilimento Kristal carni per il riconoscimento. La Protezione civile teme che tra le vittime ancora senza nome possano esserci diversi stranieri.

Berlusconi ha confermato che i funerali di Stato si terranno all'Aquila venerdì mattina alle 11. Le prime esequie saranno però questo pomeriggio vicino a Pescara.

Il Papa ha annunciato oggi all'udienza generale che intende recarsi in Abruzzo, ma non ha precisato quando.

"Appena possibile spero di venire a trovarvi", ha detto Benedetto XVI rivolgendosi agli abruzzesi, di cui "condivide la loro pena e le loro preoccupazioni".

Il Presidente della Repubblica Giorgio Napolitano sarà invece all'Aquila domani, secondo quanto riferito dal Quirinale.

Il ministro per il rapporti con il Parlamento Elio Vito, in un'informativa al Senato, ha precisato che i feriti sono 1.179, di cui 179 più gravi che sono stati portati in ospedali di altre regioni; 150 sono state invece le persone estratte vive dalle macerie dell'Aquila e degli altri comuni della provincia coinvolti nel sisma.

Il governo, ha detto il ministro, proclamerà una giornata di lutto nazionale per le vittime del terremoto, ma la data è ancora da definirsi. 

Il presidente della Regione Gianni Chiodi ha invece precisato che 1.500 tecnici sono al lavoro per realizzare un inventario sull'agibilità degli edifici pubblici e privati.

STAMANI ALLE 6 SCOSSA DI MAGNITUDO 3.7

La scossa più forte delle prime ore di oggi è stata registrata alle 6:27 con magnitudo 3.7, secondo i rilievi dell'Istituto nazionale di geofisica e vulcanologia. Le località prossime all'epicentro sono Ocre Fossa, Sant'Eusanio Forconese, Poggio Picense,Villa san'Angelo, Rocca di Cambio, San Demetrio, Lucoli, Fagnano Alto, Rocca di Mezzo, Barisciano, Prata d'Ansidonia, Tornimparte, Fontecchio, Santo Stefano di Sessan, San Pio delle Camere, Tione degli Abruzzi, Caporciano e Carapelle Calvisio, spiega una nota della Protezione civile.

Dalla notte del sisma sono state circa 350 le scosse dello sciame sismico che sono state registrate nell'Aquilano.

La scossa di ieri sera ha causato altri crolli, come quello parziale della cupola della Basilica delle Anime Sante, a poche decine di metri dal Duomo, che era stata già danneggiata e di parte della Casa dello studente.

E' stato evacuato nella notte anche il carcere dell'Aquila, in cui erano recluse 80 persone in regime di detenzione speciale e 55 detenuti comuni, ha fatto sapere il ministero della Giustizia.

Sono circa 20 le tendopoli e 16 le cucine da campo allestite dalla Protezione civile per assistere circa 17.000 senza tetto, mentre altre migliaia di posti letto sono disponibili negli alberghi della costa adriatica.

Parlando alla tv tedesca NTV il premier Silvio Berlusconi ha detto che gli sfollati sono pienamente assistiti, non manca loro niente che devono "prendere questo come un camping da fine settimana".

Ha poi ricordato che molti alberghi sulla costa adriatica sono pronti ad accogliere i senza tetto.

(© Reuters Italia)

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