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Laudo revela que banqueiro do Vaticano foi assassinado

28/10/2002

 

 

Da AFP

   Um grupo de médicos legistas concluiu, segundo a imprensa italiana, que o banqueiro Roberto Calvi, do Banco Ambrosiano, do Vaticano, foi assassinado em 1982. Até então, acreditava-se que Clavi havia se suicidado. Ele foi encontrado enforcado numa ponte de Londres.

   Segundo três legistas da equipe dirigida pelo professor alemão Bernd Brinckmann, da Universidade de Munster, Roberto Calvi foi morto perto da ponte Blakfriars de Londres. As autoridades judiciais de Roma recusaram-se a confirmar esta informação, já que as conclusões dos especialistas não foram entregues oficialmente aos magistrados, anunciou o promotor romano Salvatore Vecchione.

   O advogado do industrial Flavio Carboni, ex-braço direito de Roberto Calvi, apresentado como a pessoa que pediu sua morte, denunciou a violação da confidencialidade desta investigação e exigiu sua anulação.

   Roberto Calvi, dirigente do Banco Ambrosiano, teria fugido com mais de US$ 723 milhões dos caixas do estabelecimento, que continha principalmente recursos do Vaticano.

   Sua morte em 1982 jamais foi realmente esclarecida. A justiça britânica chegou à conclusão de que se tratou de um suicídio, mas em 1992 uma nova investigação foi aberta na Itália, depois que a família do banqueiro recolheu indícios que tentavam provar que Calvi havia sido assassinado pela máfia.

   Além de Flavio Carboni, dois membros da máfia (Francesco Di Carlo e Pipo Calo) são também investigados. Até o momento não foi aberto nenhum processo. As conclusões dos especialistas trazem um novo elemento a esta tese.

   A exumação do corpo do banqueiro, enterrado em Como (Norte da Itália), foi realizada em dezembro de 1998 e uma nova investigação médico-legal foi exigida pelas autoridades judiciais de Roma.

   Segundo a imprensa italiana, os legistas destacaram a ausência das lesões que a corda deveria ter causado ao banqueiro, que pesava 90 quilos. As mãos de Roberto Calvi também não tinham traços do pó que deveriam deixar os tijolos que foram encontrados em seus bolsos, nem do óxido de ferro que deveria ter ao amarrar a corda à ponte de ferro.

   Uma das hipóteses apresentadas por magistrados italianos encarregados da investigação sobre a morte do banqueiro é que a máfia o executou porque Calvi teria ficado com uma importante soma de dinheiro sujo que teriam confiado para lavá-lo.

(© Diário Online - DGABC)


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