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Brasil pede à Itália extradição de Cacciola

12/10/2000

 

 

BRASÍLIA e RIO. O ministro da Justiça, José Gregori, assinou ontem o pedido de extradição do banqueiro Salvatore Cacciola, pivô do escândalo financeiro envolvendo os bancos Marka e FonteCindam. Foragido da Justiça há quase três meses, Cacciola estaria escondido na Itália.

   O pedido de extradição, que será publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU), será enviado pelo Itamaraty à Justiça italiana na próxima semana e deve ser julgado em 20 dias a partir da data do recebimento, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período.

   O Brasil tem tratado de extradição com a Itália desde 1989. Do lado brasileiro, o tratado veda liminarmente extradição de nacionais, mas, do lado italiano, o texto prevê que a extradição é possível, em circunstâncias especiais. Como as relações do Brasil com a Itália são consideradas excelentes em termos de combate ao crime organizado, Gregori acredita que o pedido tem chances de ser aceito.

   A cada dia, o Brasil extradita, em média, dez estrangeiros, por motivos diversos. A Itália é um dos países com maior número de pedidos aceitos. Graças à colaboração brasileira, a Justiça italiana conseguiu desmantelar grandes organizações mafiosas.

   É baseado nessa boa relação entre os dois países que o procurador Arthur Gueiros também avalia que são grandes as chances de o Governo italiano aceitar o pedido de extradição. Em caso de recusa, observou Gueiros, seria aberto na Justiça italiana um processo semelhante ao que está tramitando no Brasil. Mesmo assim, o procurador afirmou que Cacciola, caso venha a ser localizado, responderá pelo processo, preso.

   - A Justiça italiana é muito rígida no que diz respeito a crimes do colarinho branco - disse.

   Ao tomar conhecimento da decisão do Ministério da Justiça, o advogado de defesa de Cacciola no Brasil, José Carlos Fragoso, aparentou tranqüilidade.

   - Acho ótimo que o Governo brasileiro tenha tomado essa decisão. Com isso, o Alberto Cacciola será julgado sem o estardalhaço que envolveu o caso no Brasil - avaliou.

   Fragoso disse, ainda, que está aguardando de um advogado na Itália o atual endereço de Cacciola. (Vannildo Mendes e Gilberto Lima Filho, OG)


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